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Desde o lançamento do PlayStation 5, o DualSense rapidamente se estabeleceu como muito mais do que apenas um novo controle eentão ele se tornou um marco tecnológico na forma como sentimos e interpretamos os jogos. Com um design moderno e ergonômico, ele não só é confortável nas mãos, mas também carrega inovações que elevam a imersão a níveis inéditos. Trata-se de um controle que não apenas responde aos comandos do jogador, mas também se comunica com ele de forma sensorial.
Feedback háptico: sentindo cada detalhe
O maior destaque do DualSense talvez seja o feedback háptico,
um recurso que substitui as tradicionais vibrações genéricas por respostas
táteis sofisticadas. Agora, ao caminhar sobre diferentes tipos de superfície, o
jogador pode sentir a textura variando nas mãos sensações como o arrastar dos
pés na areia, o tilintar do gelo sob os sapatos ou a resistência irregular da
lama. Em momentos de ação intensa, o controle vibra de maneira coordenada com o
ritmo do jogo, transmitindo sensações mais complexas e autênticas. É como se o
jogo ganhasse uma camada física, trazendo o virtual para o mundo real.
Outro componente revolucionário são os gatilhos
adaptáveis, localizados nos botões L2 e R2. Esses gatilhos
oferecem resistência variável, simulando sensações reais como a tensão de um
arco ao ser puxado, o disparo de uma arma com recuo ou a tração dos freios de
um carro em alta velocidade. Em jogos como Returnal
ou Ratchet & Clank: Rift Apart, por
exemplo, essa tecnologia não só enriquece a jogabilidade, mas também adiciona
estratégia e profundidade às ações, já que o nível de pressão necessário pode
alterar o efeito de um comando.
Além disso, o microfone embutido
permite comunicação rápida sem a necessidade de um headset externo algo simples,
mas extremamente útil para jogos multiplayer ou comandos rápidos de voz. E o alto-falante
integrado, muito mais claro do que o do DualShock 4, contribui
com efeitos sonoros localizados, como vozes de personagens próximos ou sons
específicos de equipamentos e objetos. Isso cria um diálogo mais direto entre o
jogo e o jogador, fazendo do controle uma verdadeira extensão sensorial da
narrativa.
Jogos como Astro’s
Playroom foram projetados para demonstrar todas essas capacidades do
DualSense de forma lúdica e eficaz, praticamente funcionando como uma vitrine
do que ele é capaz de fazer. Mas o que surpreende é como cada estúdio passou a
incorporar essas funcionalidades em seus projetos, mesmo que de forma sutil. Em
Demon’s Souls, o clangor metálico dos
combates se intensifica no controle. Em Spider-Man:
Miles Morales, é possível sentir o impacto dos golpes e a diferença de
textura ao balançar pelas ruas de Nova York.
Com o tempo, o DualSense tem se consolidado
não apenas como um acessório inovador, mas como uma ferramenta narrativa. Ele
permite que os desenvolvedores criem experiências mais sensoriais, onde o
jogador não apenas observa ou comanda, mas sente
literalmente o desenrolar do jogo. E essa conexão mais tátil com o universo
digital é, talvez, um dos passos mais importantes rumo ao futuro da imersão nos
videogames.
Gatilhos adaptáveis: resistência que faz diferença
Os gatilhos adaptáveis do DualSense vão além do toque, oferecendo
resistência variável conforme a ação realizada. Em Ratchet & Clank:
Rift Apart, armas diferentes exigem pressões diferentes dos gatilhos,
simulando peso e tensão reais. Já em Astro’s Playroom, cada
funcionalidade do controle é explorada com criatividade, transformando o jogo
em uma verdadeira demonstração interativa da nova tecnologia.
Imersão sensorial completa
O DualSense não só responde ao que vemos na tela, mas também adiciona
camadas auditivas e táteis à experiência. O alto-falante embutido reproduz sons
sutis, como o tilintar de moedas ou o ruído de um motor danificado, ampliando a
presença do jogador naquele universo. Em jogos como Astro’s Playroom,
isso é usado de forma criativa e constante, criando uma interação quase
sinestésica.
Mudança de paradigma nos games
O impacto do DualSense vai além das
especificações técnicas ou do conforto ergonômico: ele está mudando a forma
como os jogos são pensados, projetados e experienciados. Mais do que uma
ferramenta de entrada, o controle do PlayStation 5 se tornou uma verdadeira extensão do corpo
e das emoções do jogador, trazendo uma dimensão sensorial que
influencia diretamente o design e a narrativa dos games.
Antes, um controle servia basicamente para
movimentar personagens, atirar, correr, pular. Hoje, com o DualSense,
desenvolvedores têm em mãos uma nova paleta de sensações, capaz de
traduzir texturas, forças e atmosferas em estímulos físicos. Isso muda
completamente a lógica de criação. Agora, ao pensar em um puzzle, por exemplo,
o estúdio pode integrar a solução não apenas em um enigma visual, mas em uma
resposta tátil. Um baú escondido pode ser localizado pelo tipo de vibração. Um
fio de tensão pode ser sentido nos dedos antes mesmo de ser visto na tela.
O resultado é uma imersão mais intuitiva e natural.
Em vez de depender apenas de tutoriais e comandos visuais, o jogador passa a
compreender o que acontece no jogo com o corpo. Quando um personagem está
ofegante, o som do fôlego ecoa no alto-falante do controle. Quando um arco é puxado,
a resistência nos gatilhos simula a tensão da corda. E quando o chão treme, o
pulso acompanha. Essa conexão emocional entre jogo e jogador, mediada por
sensações físicas, eleva a experiência a um patamar inédito é mais pessoal,
mais envolvente, mais humana.
Isso também representa uma revolução
silenciosa no mercado. Os estúdios passaram a desenvolver com o
DualSense em mente, criando versões específicas de seus títulos para aproveitar
ao máximo seus recursos. Jogos que antes seriam apenas “bons” tornam-se memoráveis
porque conseguem criar momentos únicos, como a primeira vez que se sente a
chuva pingando nos dedos em Astro’s Playroom,
ou o baque seco de um projétil acertando a armadura em Returnal.
É importante destacar que esse impacto não se
limita a jogos da própria Sony. Desenvolvedoras third-party como Capcom,
Insomniac, Guerrilla e até EA têm adotado as funcionalidades do DualSense com
entusiasmo, integrando seus recursos de forma criativa. O controle deixou de
ser apenas uma opção e virou parte essencial do design.
Conclusão: um novo padrão de interatividade